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Review de Mafia 2 para PS3 de Eurogamer

Mafia II é daquele tipo de jogos que trazem consigo expectativas elevadas, uma consequência directa quando as editoras começam a investir muito nos seus jogos e também quando os jogadores vão ficando impressionados com as informações, vídeos e imagens que saem cá para fora antes do lançamento do dito jogo. Quanto mais se sobe, maior é a queda, e Mafia II está precisamente nessa posição. Deve ser difícil (digo eu que não sou produtor) corresponder ao hype que rodeia o lançamento do jogo. Penso que tudo depende daquilo que os jogadores esperam obter quando adquirem o título.

Antes demais é preciso falar sobre as inevitáveis comparações de Mafia II com Grand Teft Auto IV. Ambos os jogos são de mundo aberto e ambos partilham semelhanças. Apesar disto Mafia II não quer entrar em confronto directo com o título da Rockstar, Mafia II não está a tentar ser igual a Grand Theft Auto. Eu próprio não me tinha apercebido disto antes começar a jogar. Qual é o melhor dos dois? Cabe a cada um decidir com base nos seus gostos pessoais.



Tal como a 2K Czech disse há uns tempos, Mafia II não privilegia a liberdade, o objectivo visado é contar a história desejada. É precisamente isso que verifiquei. Então se procuram um jogo de mundo aberto com muita liberdade e missões adicionais para fazer além da história principal não devem escolher este. A narrativa é o mais importante neste título.
Mais sobre Mafia II

A liberdade do jogador é limitada de maneira a controlar a experiência. Nunca podemos decidir o que fazer a seguir, o jogo é que nos dá essa informação. Existe sempre uma e uma só missão para realizar. Pode-se dizer que Mafia II tem um mundo aberto em que a liberdade é nula. Para além de completar as missões da história o que podem fazer é comprar roupa, armas, comer ou beber (para ganhar vida) e roubar carros para vendê-los. Ou se quiserem podem recolher posters e revistas da Playboy (devo dizer que isto é um excelente pormenor adicionado ao jogo). Não somos obrigados ir a determinada localização no mapa para iniciar uma missão, mas o que há para fazer além disso? Praticamente nada. Esta falsa liberdade existe para dar uma experiência incrível, que tem por base a história do jogo.

Por sua vez a história é realmente fantástica, digna de uma adaptação para os grandes ecrãs. A personagem principal e a qual controlamos é Vito Scarletti, filho de um casal de sicilianos que imigrou para os Estados Unidos em busca do sonho americano, mais do que isto não digo para não estragar surpresas. No decorrer dos eventos da história vamos criando uma ligação cada vez mais forte com esta personagem e até com as personagens que lhe são próximas, como é o caso do seu amigo e parceiro Joe. Quando desligamos a consola ficamos sempre curiosos sobre o que vai acontecer a seguir, e por isso Mafia II consegue ser viciante, contagiante e cria emoções em nós, esta é a principal arma do jogo. Pessoalmente, em certos momentos do jogo senti semelhanças com o grande clássico de Martin Scorsese, Goodfellas(Tudo Bons Rapazes).

Empire Bay (conhecida por todos nós como Nova Iorque) é a cidade onde tudo acontece. Mais uma vez a 2K Czech decidiu limitar para oferecer uma experiência melhor. O mapa de Mafia II não tem as dimensões de um Grand Theft Auto IV ou Just Cause 2, é pequeno quando comparado com estes dois. Analisando a situação, não faria muito sentido ter um mapa gigante quando o jogo em si não dá aos jogadores muita liberdade. Então há que entender que a dimensão do mapa é apropriada para o objectivo do jogo.

A cidade não tem muita vida. Ao andar a pé pelas ruas percebe-se isso. Vemos as pessoas a passear (sempre em pouca quantidade) e os carros a passar. Nada mais. Não existe algum tipo de interacção que nos faça sentir que podemos interagir com Empire Bay. Se matarmos alguém no meio da rua ou excedermos o limite de velocidade a polícia vem atrás de nós, é a única interacção que vão ter. Quem andar sempre de carro e cumprir a rotina que imposta pelo jogo, não vai conseguir perceber que a cidade é quase como se fosse um deserto. Isto está muito bem disfarçado pois com os carros, vestuário e música é criada uma atmosfera muito fiel aos anos 40/50.

O grafismo beneficia da pequena dimensão de Empire Bay. As caras e as expressões faciais das personagens estão melhores que outros jogos do género. A cidade consegue ter mais detalhes que por exemplo, Liberty City. Ainda assim existem texturas de baixa qualidade bem notáveis, é só olhar para a vegetação. Uma das melhores coisas é a destruição nos cenários. No meio de uma troca de tiros escondam-se atrás de uma pilar e verão as arestas a desgastarem-se e bocados de cimento a saltarem. Em outras ocasiões é o vidro que se parte e lascas de madeira que saltam. Os carros ficam com as marcas das balas, mas quando se dá um embate o dano poderia ser maior.

As missões por vezes surpreendem com alguma variedade, vai haver ocasiões em que temos de seguir um carro, fazer um assalto, esconder um corpo, bater em alguém, sentimo-nos como um verdadeiro membro do crime organizado. Mas a maioria das vezes as missões resumem-se a entrar num local e matar vagas e vagas de inimigos. Existe um exagero neste tipo de missões. No final do jogo a ideia que transparece é que a mafia passa a vida em tiroteios.

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Existem limitações em certos campos. Para exemplificar, temos o sistema de luta corpo-a-corpo que é demasiado básico. O botão X (versão Xbox 360) serve para punhos leves e Y para punhos fortes. Ao pressionar no A esquivamo-nos dos ataques e com o B contra-atacamos. Quando o nosso adversário está quase derrotado, executamos uma espécie de “finishing move”, a animação é sempre a mesma. Há várias missões em que vão ter de usar obrigatoriamente os vossos punhos, e devido a isso, exigia-se um sistema melhor.

Vito Scarletti possui limitações físicas, não consegue saltar. Consegue passar por cima de obstáculos, mas saltar não. Vito também não consegue nadar e recusa-se a entrar na água. A única maneira de entrar nela é com o carro, e quando entram o ecrã fica preto, de seguida Vito aparece miraculosamente fora da água como se nada tivesse acontecido. Outra limitação é não conseguir disparar sem fazer mira, uma pequena habilidade que daria jeito quando as balas estão a voar por todos os lados e não queremos arriscar meter a cabeça de fora. A última limitação de Vito é não conseguir disparar enquanto conduz.


Apesar dos seus defeitos existem pormenores agradáveis em Mafia II, a inclusão de neve é um deles, embora apenas apareça nos primeiros capítulos. É possível personalizar os nossos veículos e guardá-los na nossa garagem. Podem alterar as jantes, a cor, a matrícula e afinar o motor. Arranjar o motor quando o carro está danificado e poder meter gasolina são bons detalhes.

Estranhamento não dá para continuar a história depois de determinada. Ao seleccionar essa opção, o jogo remete-nos para o meio da missão final.

O única aspecto que realmente brilha em Mafia II é a sua história, o resto é apenas razoável. Acabei o jogo em 10 horas e meia. Após concluírem não há muito para fazer, podem recolher as revistas da Playboy e posters ou passar na dificuldade Hard caso não o tenham feito na primeira vez. Se estão à procura de uma boa história e a temática do jogo é do vosso agrado tem aqui uma excelente opção. Para ser sincero, adorei a experiência que Mafia II me proporcionou, o problema é que para um jogo de 2010, apresenta limitações inadmissíveis e mecânicas datadas.
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