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Review de Lara Croft and The Guardian of Light para PS3 de Eurogamer

A Crystal Dynamics deu-lhe a volta (soube dar-lhe, isto é, perceber como fabricar em pleno para as plataformas virtuais), não à famigerada protagonista, tendo até apostado nela como rótulo de um título que, por paradoxal que possa parecer, não a vê aqui traduzida na plenitude daqueles atributos que normalmente deixam em alvoroço as hormonas de imberbes jovens. Seria difícil baptizar este jogo como sendo Tomb Raider na verdadeira acepção da palavra, como aquele que veio ao mundo no decurso da década de noventa. Este Guardian of Light conta as aventuras de Lara Croft sob um outro prisma, sob outra perspectiva e enquadramento da acção e exploração – condimentos imprescindíveis – sem sair da “guideline” que tem marcado as mais recentes aventuras da intrépida exploradora.

Há de tudo que a série conseguiu oferecer de bom nos últimos tempos. Quebra-cabeças e problemas para resolver, labirintos, mecanismos que uma vez mexidos operam grandes modificações no cenário e abrem saídas, armas de fogo em grande quantidade, T-Rex – "nice" -, granadas. Em suma, Lara Croft continua a dar que pensar: quem conhece a série dá logo de caras que ela não perdeu o jeito, poderá estar diferente por não fazer alguns movimentos que ficaram patenteados como percorrer uma parede pendurada pelos dedos e mais algumas coisas que as aventuras tridimensionais possibilitam. Mas está lá quase tudo o que é preciso para funcionar bem num jogo de plataformas e até com algumas novidades como ganchos e cordas para escalar altas paredes e uma lança colossal que espeta em pedra e permite à heroína alcançar pátios e zonas cimeiras.

É certo que mal percorrem a opção para descarregar o jogo vão precisar de apreciável espaço livre no vosso disco. 2 gigas não é muito habitual para um habitual jogo XBLA. Pode ter sido por aí que a Crystal Dynamics conseguiu forjar o sucesso que é, no final de contas, este jogo. Uma surpresa até. Uns quatro ou cinco anos atrás e até arriscariam incluí-lo numa caixa de suporte DVD e anexar-lhe um manual. Lara Croft não está tão mamalhuda como da última vez que a vimos. Vê-la percorrer catacumbas e templos à superfície devolve toda uma sensação de familiaridade, só que desta vez é mais fácil confundi-la com os heróis masculinos dos jogos de acção em perspectiva isométrica.


Aqueles ratos!

Talvez por este jogo denunciar uma propensão maior para a acção, ainda que deliciosamente intercalada com puzzles, exploração e muitos desafios - objectivos que premeiam o esforço de quem se sente encorajado a percorrer o cenário de fio a pavio, palmilhando cada metro quadrado com a atenção de um olho de falcão à procura de mais uma relíquia ou artefacto, entre outras pedras preciosas que aumentam a vossa pontuação (indispensável para os upgrades) e caveiras – faz-nos crer que Lara Croft é capaz de lidar ainda melhor com armas. Vamos lá ver; o combate cai bem em Guardian of Light. O analógico esquerdo movimenta Lara, o direito aponta a arma e com o gatilho direito bem apertado abrem o espectáculo. Boas pontuações no final de cada nível premeiam novas armas, outras são encontradas à medida que avançam na aventura. Terão mais que uma dezena delas e podem a qualquer momento seleccionar para o d-pad as que têm preferência.

O tradicional par de pistolas não consume munições. Podem disparar infinitamente. Já com as outras armas convém espreitar a quantidade de munições que restam quando não estão espalhadas recargas pelo cenário, não há upgrades ou ainda estão distantes de alcançarem alguns objectivos. No entanto uma boa parte do tempo gasto neste jogo é passado a combater. Cada vez que chegam a uma nova zona do cenário lá avança uma trupe de inimigos, alguns mais rasteiros e suaves de abater, outros poderosos, uma espécie de semi-bosses. Abatendo uns quantos, sobram sempre pequenos “packs” de munições e de energia.

Alguns vão achar que este Guardian of Light está menos difícil do que as aventuras regulares da protagonista. Em parte isso poderá ser verdade, mas também sucede que os produtores foram lúcidos ao terem encontrado um meio termo à medida que vão entrando novos e mais perigosos adversários. É sempre interessante montar uma bomba, dar dois passos para fora da zona de perigo e observar os adversários a desfazerem-se em bocados. Mesmo para os ataques mais perigosos podem fazer pequenos movimentos de evasão enquanto mantêm premido o gatilho de disparo. Depois e utilizando as vantagens proporcionadas pelos “relics” e por outras velharias imemoriais terão à disposição uma espécie de “power ups” que atribuem mais capacidade de fogo quando ficam invencíveis ao fim de algum tempo. Lara como que fica transformada num Rambo.

Não sirva isto, porém, para vos inculcar a ideia que deste jogo apenas sobram áreas e áreas onde a acção impera. Por vezes toma controlo alguma rotina e repetição neste processo, e nem existe aqui “respawn” infinito de inimigos, apenas se nota que voltar atrás para devolver um objecto ou colocar uma esfera no sítio certo implica quase sempre um aceso confronto. Felizmente os inimigos atingem uma apreciável diversidade, consoante as áreas, sendo alguns deles bastante horrendos. Haverá tempo, inclusive, para voltar a combater o velho T-Rex, ainda que o processo de abate seja muito diferente daquele dado a conhecer em Tomb Raider. De todo o modo, os níveis oferecem um bom compromisso, longos, mas sempre bem equilibrados entre tempo gasto a combater, explorar (encontrar objectos e resolver muitos desafios) e resolver quebra-cabeças.

Nem a perspectiva isométrica, que a princípio terá deixado muitos fãs na dúvida sobre se dessa forma os produtores conseguiriam dar a volta ao esquema sem perder pelo caminho os atributos que tendem a marcar os jogos clássicos da série, implica uma diminuição ou limitação na construção dos cenários. Aliás, o aproveitamento feito pela Crystal Dynamics revela que houve dedicação e esforço para criar cenários distintos e convincentes, com labor, muitos detalhes, zonas de acesso inferior e superior onde salas escondem tesouros e pormenores colhem de surpresa. Assim que começarem a percorrer catacumbas e zonas interiores, até labirintos e mapas exteriores, de muitos templos Incas, darão conta desse esforço, em incluir muito daquilo que é “trademark” na série. O trabalho é notável e supera praticamente tudo o que é cenários para acção e exploração sob a perspectiva isométrica dentro da oferta para o XBLA.
'Lara Croft and the Guardian of Light' Screenshot 2

Lara não irá largar a corda, pois não?

As “leaderboards” têm um espaço de referência, agregando tempos despendidos em cada segmento e pontuações máximas. Infelizmente, por enquanto o jogo não permite que a aventura seja passada até ao final com mais outro colega em

“co-op” via online. Se optarem por passar o jogo com mais alguém ao vosso lado terão como parceiro de aventura a personagem Totec, um nativo que utiliza um escudo para se defender. Juntos, Lara e Totec proporcionam um esquema de progressão bem distinto do utilizado em “singleplayer”; cada um tem uma habilidade para ajudar e salvar o colega em situações de aperto. Assim, com a ajuda de Totec, Lara pode subir para cima do escudo e saltar mais alto, mas também poderá utilizar o gancho para o socorrer e segurar se porventura e num acto menos reflectido o vosso colega cair em direcção à profundidade. Por outro lado Totec pode servir-se desse mesmo gancho para trepar até zonas superiores. Um verdadeiro trabalho de equipa.

Guardian of Light é um valor seguro nas aventuras do fim-do-mundo que habitualmente nos traz Lara Croft. Uma notável aventura, de boa duração; tempo gasto variável, consoante se dediquem à exploração ou sejam desembaraçados no percurso até à meta. O arco narrativo, por contraponto não dispara como noutros episódios, ainda que algumas cenas animadas mantenham o jogador preso e por dentro do espaço que percorre, com pontos altos e climax a reter. No entanto, o que é marcante neste jogo e encorajador no fluir da aventura é simplesmente o prazer de passar e desfrutar desta aventura. É um pequeno grande jogo. Tem acção, exploração, puzzles, muitos objectivos e objectos a encontrar por cenários vastos e só nos cabe rematar, acrescentando que Lara Croft continua bem protegida.
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