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Review de Kane & Lynch 2: Dog Days para X360 de Eurogamer

Desde o momento que pus as mãos em Kane & Lynch 2 percebi que iria ser um jogo controverso. Não é propriamente daquele tipo em que toda a gente adora e diz bem dele. Não é nada disso, este é daqueles jogos que divide opiniões, há uns que gostam e outros que odeiam. No fundo não é nada de surpreendente, já o primeiro jogo esteve na mesma situação. Isso é bem visível ao olhar para as notas que recebeu, umas foram altas outras foram baixas.

Obviamente a Io Interactive arriscou muito neste jogo, para ser sincero isso agrada-me. Às vezes é preciso arriscar para ter sucesso, olhem para o caso de Heavy Rain, a Quantic Dream apostou em criar algo que segundos muitos, não iria ter sucesso/aceitação. Não estou nem quero comparar Kane & Lynch 2 a Heavy Rain, são coisas completamente distintas, apenas estou a dar crédito à Eidos por ter arriscado.

O elemento mais controverso e que irá ser criticado por muitos são os gráficos/visuais. A intenção aqui não foi criar um jogo bonito, pelo contrário, é sujo, cinzento e sobrecarregado com um efeito estranho. Este efeito é positivo e negativo. Por um lado ajuda a esconder os defeitos gráficos e a dar um estilo visual próprio, por vezes até consegue criar uns momentos cinematográficos. O problema é que este efeito nem sempre resulta, existem partes em é usado em demasia e estraga a imagem do jogo.
Mais sobre Kane & Lynch 2: Dog Days

Não existe uma grande conectividade com o título anterior, pelo que se estão preocupados em perceber a história (em casa de não terem jogado o primeiro), podem ficar descansados. Kane & Lynch 2 passa-se nas ruas de Shangai, é a cidade em que a personagem Lynch vive neste momento. O inicio-se dá-se quando Kane chega à cidade para ajudar o seu parceiro com um negócio.

O contar da história poderia ser melhor, as cinemáticas são um tanto rápidas, fazem parecer que não foi dada grande importância à história e que o jogo está a correr para o seu final. Para além disto, gostava de ver uma interacção maior entre as duas personagens. Quando Kane e Lynch falam um para o outro, a maior parte das vezes é para trocar uma série de palavrões. Mas os palavrões nem tem grande importância levando em conta as cenas de violência contidas no jogo. Em algumas partes senti que existia a intenção de criar emoções, por alguma razão não consegui levar o jogo a sério, isto porque não sabemos quase nada sobre a vida pessoal das personagens. Kane tem uma filha e Lynch tem uma namorada, é disso que temos conhecimento, nada mais. O jogo falha em criar uma ligação entre as personagens e o jogador, algo que me parecia ser importante e que podia favorecer o título.

Tentar matar alguém que esteja longe pode ser uma tarefa particularmente irritante. Até mesmo em distâncias médias pode ser difícil acertar em alguém. O sistema de mira do anterior parece-me bem melhor. Penso que a intenção com este novo sistema é criar realismo, uma coisa em que o jogo investe muito. Por muito boa que a intenção seja, isso não faz com que a mira seja menos enferrujada, porque é isso mesmo que parece em certas circunstâncias. Ainda por cima é atormentada por alguns erros, por vezes as balas passam miraculosamente pelo meio dos alvos.

Devido a este sistema de mira, a maior parte das armas parecem fracas. Se quiserem eliminar os adversários de forma rapida e eficaz aconselho a sniper. Com outras armas podem demorar vários minutos para limparem uma vaga de polícias.

O sistemas de cobertura também não está isento de problemas. É comum estarmos protegidos e simultaneamente estarmos a levar tiros. A adicionar a isto, não existe a opção de saltar ou rebolar pelo chão, podemos ao menos saltar por cima dos obstáculos. Outra falha é não existir ataques corpo-a-corpo, apenas podemos fazer reféns e depois matá-los, mas não é a mesma coisa. O que me surpreendeu mais, pela negativa, é não existir granadas. Os substitutos para esta arma útil em qualquer TPS são extintores e botijas de gás, que quando precisamos deles nem sempre estão presentes.

Tudo o que vão fazer do princípio ao fim é matar pessoas. De certa forma, todos os TPS podiam ser descritos dessa maneira, mas em Kane & Lynch 2 isso é verdade. O jogo é imensamente repetitivo (a não ser que vocês gostem mesmo de matar pessoas), nao há variedade. A única coisa que vão fazer para além de carregar nos gatilhos é abrir portões em que surge uma animação, julgo que devem servir para carregar secretamente a secção seguinte. Ao menos os momentos de acção são muito bons, a polícia entra de surpresa arrombando as portas, os vidros começam a partir-se, a confusão instala-se. O ambiente do jogo é bom, é pena que o seu potencial inteiro não tenha sido aproveitado.

O modo história é curto, deve durar no máximo umas 6 horas. Depois de acabarem sozinhos, talvez tenham interesse em experimentar em modo cooperativo, tanto online como em splitscreen. Se arrajarem um companheiro o jogo torna-se mais fácil, no entanto a experiência será basicamente a mesma. Apesar de ser um modo

“cooperativo” não vão encontrar muitas zonas para entre-ajudas, o máximo que podem fazem é combinar quem vai pela esquerda e quem vai pela direita.

Para além do single-player, têm os modos online: “Fragile Alliance”, “Undercover Cop” e “Cops and Robbers”. Todos eles têm muitas semelhanças.

Em “Fragile Alliance” os jogadores assaltam uma localização, matam os guardas e roubam o dinheiro que estão a guardar. O objectivo é chegar ao ponto de resgate antes que o tempo acabe, pelo caminho vão encontrar várias vagas de polícias. Se algum jogador perder torna-se automaticamente um polícia. Quem for ganancioso pode trair os outros jogadores ao matá-los e ficar com o seu dinheiro. O primeiro a chegar ao ponto de resgate pode dividir o dinheiro com o condutor para deixar os outros para trás. Este modo pode ser jogado offline, só que tem um nome diferente, chama-se “Arcade.” Tudo o que ganharem neste modo será transportado para os modos online, por isso não perdem nada.
'Kane & Lynch 2: Dog Days' Screenshot 1

O “Undercover Cop” é igual ao modo anterior. A diferença é que um jogador é seleccionado para ser um polícia infiltrado, a sua missão é impedir que o roubo tenha sucesso.


Ao contrário dos outros modos anteriores, em “Cops and Robbers” os jogadores podem escolher ser polícias ou ladrões. O nome do modo diz tudo, os polícias tentam apanhar (neste caso matar) os ladrões, e os ladrões tentam fugir aos polícias.

Embora o online seja quase uma obrigatoriedade hoje em dia, porque muitos jogadores o exigem, era preferível que a IO Interactive tivesse deixado um pouco de lado o multijogador e tivesse investido mais na história/campanha a solo, pois acho que continua a ser a parte mais importante de um jogo.

Com todas as suas falhas, Kane & Lynch 2 consegue ser um jogo razoável. Foram deixadas arestas por limar e existem campos em que é demasiado básico. O que me deixa desiludido é que isto podia ser de facto um jogo muito bom, mas infelizmente é apenas igual a muitos outros. Há coisas que me agradaram outras nem por isso. No final de contas, cabe a cada um decidir se gostam do jogo ou não, tal como disse no começo, isto é um jogo que divide opiniões, cada um tem a sua.
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